quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O COMITÊ DAS LUTAS SOCIAIS DE PASSO FUNDO

Um espaço de permanente discussão e mobilização para os lutadores da cidade de Passo Fundo está sendo construído nas últimas semanas. Conheça um pouco a trajetória realizada e participe também.

A proposta de criação do Comitê das Lutas Sociais surgiu a partir de demandas concretas dos movimentos sociais de Passo Fundo. Nos últimos 2 anos vários militantes e organizações da cidade reuniram-se num comitê que tinha como objetivo central a defesa do caráter público do transporte coletivo e de questionamento dos aumentos sucessivos do valor da tarifa, apesar das ilegalidades das empresas privadas do setor. 

Comitê em Defesa do Transporte Público foi criado em janeiro de 2010 em Passo Fundo e rearticulado em fevereiro de 2011, durante os enfrentamentos dos movimentos estudantil, sindical e social contrários ao aumento da passagem e a falta de licitação do transporte coletivo. Defendemos o transporte público enquanto direito de todos à mobilidade urbana. Tivemos uma vitória parcial nessa luta. A passagem passou de R$2,00 para R$2,30 e não R$2,75 como queriam as empresas privadas, apoiadas pelo Poder Executivo e pelo Conselho de Transporte, que não honrou a indicação tirada em audiência pública, conforme se comprometeu publicamente. Além disso, a diferença do cálculo do valor da tarifa das empresas, tornado público pela primeira vez, evidenciou a nítida exploração da população por parte do setor privado do transporte.

Mas isso não bastava! No decorrer das reuniões, outros temas deveras importantes para a organização das lutas dos trabalhadores surgiram, fazendo com que, para além da discussão sobre o preço da passagem urbana e a definição do custo, por parte do Poder Executivo Municipal, que não acolheu os argumentos do Comitê, por mais que representassem a vontade popular, acolhêssemos, apoiássemos e participássemos de outras lutas e movimentos sociais que eclodiram no município. Como a manifestação, na Câmara dos Vereadores, pelo decoro parlamentar e a rejeição à decisão de aumentar o número de vereadores para 21, sem consultar a população por intermédio de audiência pública ou plebiscito.

Todos e todas que acreditam na pressão popular como forma de colocar as nossas lutas em pauta são bem-vindos. Reunimo-nos todas as semanas, para construir nossas ações nesse espaço coletivamente.

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