No final de setembro de 2011, o
Conselho Universitário da UPF aprovou o orçamento da instituição para o ano
seguinte com um aumento de 11,3% das mensalidades. O maior aumento de todo o estado do Rio Grande do Sul.
Ao mesmo tempo, incluíram pela
primeira vez, uma verba de aproximadamente 250 mil reais para ser aplicada em Assistência Estudantil,
isto é, para ações voltadas ao acesso e permanência dos estudantes da UPF como
um RU de verdade ou uma Moradia Estudantil. Contudo, era evidente que essa
concessão a uma antiga reivindicação do Movimento Estudantil era um meio de
silenciar as críticas à má gestão financeira da universidade.
Estudantes em vigília na entrada da Reitoria. |
Infelizmente, a reação por parte
dos estudantes não foi organizada. O DCE não convocou os Centros e Diretórios
Acadêmicos para planejar as ações contra o aumento. Diante disso, enquanto o
Coletivo Nada Será Como Antes denunciava a manobra do CONSUN aos estudantes
através de panfletagem no Campus Central e pressionava os conselheiros a
adiarem a decisão, nossa entidade geral chamava os estudantes para um festivo
“Ato-Show” não na Reitoria, mas em frente ao DCE.
Na Reunião do Colegiado, realizada
no dia 21 de abril, integrantes do DCE e “representantes discentes” nas
instâncias da UPF anunciaram a proposta da Reitoria de um programa de
assistência voltado estritamente para bolsistas integrais. Mesmo sem muitos
detalhes, os presentes rechaçaram a proposta e afirmaram a necessidade de que o
valor seja investido em ações que contemplem a todos ou que não se restrinjam
apenas aos bolsistas integrais.
Além disso, observamos a falta de
diálogo da Reitoria com os estudantes na construção de uma proposta conjunta.
Após 7 meses da votação do orçamento, somente agora o tema volta à pauta. O
Coletivo Nada Será Como Antes encaminhará proposta a Reitoria de uma reunião
com todas as entidades estudantis sobre a forma com que serão investidos os valores.
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