quarta-feira, 6 de junho de 2012

UFFS PASSO FUNDO SIM! POLITICAGEM NÃO!

Aconteceu ontem (05) a Audiência Pública sobre a vinda de um campus da UFFS para Passo Fundo e o Coletivo Nada Será Como Antes se fez presente. Dentre as autoridades na mesa estavam o prefeito de Passo Fundo, Airton Dipp, e o reitor da UFFS, professor Jaime Giolo, que resumiram a proposta encaminhada ao Ministério da Educação pela inclusão de Passo Fundo numa futura expansão dos cursos de medicina no país.

O Coletivo Nada Será Como Antes sempre pautou-se pela defesa da universidade pública, gratuita, laica e de qualidade para tod@s. Compreendemos que a política prioritária do governo federal de incentivar as instituições particulares vai contra a educação pública, mas que a abertura de novas instituições públicas tem de ser saudadas como importante exceção à regra. (Plebiscito Popular Nacional pelos 10% do PIB para a educação pública já)

Reivindicamos as lutas históricas do movimento estudantil de Passo Fundo, por isso,  na nossa intervenção declaramos que a forma como a questão foi retomada pelas autoridades locais é claramente eleitoreira, pois nem mesmo as entidades e movimentos que participaram do Comitê Pró-Universidade Federal foram ouvidos. Além disso, observamos que os mesmos deveriam atender as demais reivindicações estudantis visto que todos os anos a 
Universidade de Passo Fundo (UPF) castiga seus estudantes com aumentos abusivos das mensalidades assim como a Coleurb aumenta a passagem e nenhuma autoridade tem a coragem para questioná-las.

A confirmação pelo MEC da abertura da UFFS Passo Fundo é uma vitória de tod@s que lutaram por tanto tempo em prol da educação pública. Não aceitaremos nem "pai" nem "mãe" dessa vitória porque conquistamos o que já deveria ser nosso. Porém, a luta que virá será permanente diante da realidade precária da própria UFFS e das federais como um todo.

UNIVERSIDADES FEDERAIS EM GREVE
POR QUÊ?

Criada em 2007 após muita reivindicação de várias cidades, inclusive do Comitê Pró-Federal de Passo Fundo, a situação dos cursos da UFFS é precária.

O DCE da UFFS (Campus Chapecó) nos descreveu a realidade atual da seguinte forma: sem estrutura física própria e adequada; biblioteca inaceitável; nenhum Restaurante Universitário ou Moradia Estudantil; grade curricular imposta; falta de professores em vários níveis; laboratórios limitados e alugados da iniciativa privada; estrutura administrativa centralizada, Conselho Universitário formado somente nesse ano e um Reitor ausente.

Nesse momento, os professores de 51 universidades federais estão em greve, por causa desses e de outros descasos com o ensino superior público por parte do governo federal. No mesmo dia da audiência, uma grande marcha reuniu em Brasília servidores e estudantes das federais, sendo que ao final, uma plenária nacional de estudantes formou o Comando Nacional de Greve Estudantil em apoio aos professores e servidores.

Assembleia de Estudantes na UFRJ declara greve estudantil.
A promessa feita a Passo Fundo foi feita recentemente em Concórdia/SC e em São Miguel do Oeste/SC e nada foi confirmado. Os políticos locais e regionais deveriam pressionar o Governo Dilma para que aplique os 10% do PIB na Educação Pública Já, como fizemos através do Plebiscito Popular Nacional ano passado e, talvez, colaborassem para a conquista da universidade federal para tod@s, ao invés de utilizarem nossa luta justa com outros objetivos.

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