sábado, 30 de junho de 2012

REITOR PASSOU POR CIMA DO CONSU DA UFFS


MOÇÃO DO CONSELHO UNIVERSITÁRIO SOBRE O ATO DO REITOR COM RELAÇÃO À CRIAÇÃO DO CURSO DE MEDICINA NO MUNICÍPIO DE PASSO FUNDO.

O Conselho Universitário da Universidade Federal da Fronteira Sul, considerando o Estatuto da UFFS, art. 15, §1º, I, e a decisão tomada na 5ª Sessão Ordinária de 2012;

Vem por meio desta moção     tornar público:

1 - Seu repúdio à forma como ocorreu a anunciada criação do Curso de Medicina no município de Passo Fundo. Contrariando o Estatuto da UFFS, art.18, I, “g”, a Reitoria encaminhou proposta de criação do referido curso sem conhecimento e aprovação deste Conselho.

Neste sentido, o Conselho Universitário da UFFS afirma que não tem restrições com relação à expansão da Educação Superior em si, mas sim à forma como ela vem acontecendo. Tal forma deve sempre se pautar pela gestão democrática em todas as esferas.

Sala das sessões do Conselho Universitário, em Chapecó-SC, 15 de junho de 2012.

Prof. Antônio Inácio Andrioli
Presidente do Conselho Universitário, em exercício

sexta-feira, 22 de junho de 2012

VER-SUS RS 2012 PASSO FUNDO


O Coletivo Estudantil da Saúde (COESA) em parceria com o Centro Universitário de Saúde Coletiva da Universidade de Passo Fundo (CEUSC/UPF) convida @s estudantes de nível técnico, de graduação e de pós-graduação de Passo Fundo e região a participar do VER-SUS (Vivências e estágios na realidade do SUS) nessas férias de inverno nas cidades da Região Metropolitana, Pelotas, Santo Ângelo, Santiago, São Borja, Santa Maria ou Passo Fundo.

O projeto VER-SUS/Brasil pretende estimular a formação de trabalhadores para o SUS, comprometidos eticamente com os princípios e diretrizes do sistema e que se entendam como atores sociais, agentes políticos, capazes de promover transformações. 

Para concorrer a uma das vagas nas vivências do RS, acesse http://versus.otics.org/ e, após cadastrar-se no site, preencha a ficha de inscrição como "estudante participantes" até o dia 05 de julho e aguarde a confirmação da comissão organizadora.

Dúvidas: 55 91636413 (Bianca) ou 54 91033801 (Robert)

quarta-feira, 20 de junho de 2012

GREVE: CARTA AOS DOCENTES, TÉCNICOS-ADMINISTRATIVOS E ESTUDANTES


A defesa do ensino público, gratuito e de qualidade é parte essencial da história dos movimentos sociais ligados à educação e expressa também a exigência da população brasileira, que clama por serviços públicos que atendam às suas necessidades educacionais, bem como também de saúde, segurança, transporte, entre outras. Vale lembrar que estes são direitos de todos e dever do Estado.

Nestas últimas semanas, professores, técnico-administrativos e estudantes das Instituições Federais de Ensino voltaram às ruas para dialogar com a população e chamar os governantes à responsabilidade.

Este clima de mobilização expressa as mazelas e contradições geradas pela degradação crescente das condições de trabalho, ensino e permanência estudantil nas IFE.

Eclode a primeira combinação de greves de todas as categorias ligadas à educação federal, após a aplicação da política de expansão do tipo Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – Reuni / Programa Universidade Para Todos – Prouni / Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia / Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – Pronatec.

Ocorre um movimento diferente, inédito em muitos aspectos. Não é de surpreender o fato de algumas das erupções mais vigorosas de greve terem partido exatamente das unidades criadas nos últimos anos.

O quadro nessas instituições é muito diferente do que se noticia na propaganda oficial. Faltam professores, funcionários, salas de aula, laboratórios, restaurantes estudantis, bibliotecas e outras condições materiais e humanas necessárias para manter a qualidade do ensino e a permanência dos estudantes. Os salários dos trabalhadores em educação estão aviltados e a carreira docente desestruturada.

O avanço do ensino privado no Brasil, que já trata como negócio mais de 80% das vagas no ensino superior, tem sido proporcionado por ações/omissões governamentais, apesar de apresentar baixa qualidade, padrão curricular aligeirado, descaso com a pesquisa e exploração dos trabalhadores. O clamor por ampliação do ensino público federal tem sido respondido com mudanças para pior também nesses quesitos, devido à mesma raiz de ações/omissões, desarmando a busca pelo padrão unitário de qualidade. Essa degradação desconstrói o modelo que deveria servir de referência para todo o sistema educacional.

Resolver o problema do financiamento é necessário para propiciar a universalização do acesso ao ensino público de qualidade, em todos os níveis. Isto é possível, desde que se invertam prioridades.

No Brasil, a destinação atual inferior a 5% do PIB na educação é uma afronta ao povo e um atentado contra o futuro do país. É necessário aplicar no mínimo 10% do PIB na educação pública, já! O governo federal especificamente precisa ampliar e muito a sua destinação orçamentária para a educação.

Assim, também, está sendo solapada a possibilidade de desenvolver projetos acadêmicos consistentes quando a carência de profissionais deixa de ser coberta por trabalhadores em educação concursados para a carreira, e passam para o campo da improvisação por meio de contratos precários, temporários ou terceirizados.

Os professores e os técnico-administrativos cobram negociação desta e de outras questões que constam em suas pautas, mesmo depois de tantas e tantas reuniões com os interlocutores governamentais, sem qualquer avanço.

Ao virar as costas para argumentos e propostas dos servidores públicos, o governo federal está promovendo um retrocesso social dramático, forçando, por exemplo, a privatização da maior rede de hospitais públicos ligados ao sistema único de saúde (SUS), os Hospitais Universitários, com a criação da Empresa de Serviços Hospitalares Ebserh.

O governo vem usando seguidamente o discurso da crise financeira internacional como justificativa para cortar verbas e para negar as pautas de reivindicações que são apresentadas pelos movimentos sociais em defesa da educação.

É preciso ter claro que os principais interessados em fortalecer as políticas públicas estão na parcela da população que historicamente não tem tido acesso aos direitos sociais. Priorizar a destinação dos recursos públicos na lógica do setor empresarial/financeiro, como o governo tem praticado, causa impactos cada vez mais negativos nos serviços públicos, afetando diretamente a população.

A crise brasileira não tem somente aspectos financeiros, mas também a irresponsável falta de políticas públicas que atendam às necessidades das pessoas.

Tudo isso eleva a importância e a responsabilidade da articulação que está sendo construída entre os trabalhadores da educação e estudantes, com as demais entidades representativas dos servidores federais, em plena mobilização para fortalecer a greve nacional. Este manifesto conjunto é fruto desta articulação e desta compreensão.

Em torno do tema da educação, o ano de 2012 pode dar um rumo mais justo e mais fraterno ao futuro da grande maioria da população.

A educação federal está nas ruas e conclama a todos a se somarem nesta luta.


ENTIDADES NACIONAIS DA EDUCAÇÃO FEDERAL
ANDES-SN/ FASUBRA/ SINASEFE

quarta-feira, 6 de junho de 2012

UFFS PASSO FUNDO SIM! POLITICAGEM NÃO!

Aconteceu ontem (05) a Audiência Pública sobre a vinda de um campus da UFFS para Passo Fundo e o Coletivo Nada Será Como Antes se fez presente. Dentre as autoridades na mesa estavam o prefeito de Passo Fundo, Airton Dipp, e o reitor da UFFS, professor Jaime Giolo, que resumiram a proposta encaminhada ao Ministério da Educação pela inclusão de Passo Fundo numa futura expansão dos cursos de medicina no país.

O Coletivo Nada Será Como Antes sempre pautou-se pela defesa da universidade pública, gratuita, laica e de qualidade para tod@s. Compreendemos que a política prioritária do governo federal de incentivar as instituições particulares vai contra a educação pública, mas que a abertura de novas instituições públicas tem de ser saudadas como importante exceção à regra. (Plebiscito Popular Nacional pelos 10% do PIB para a educação pública já)

Reivindicamos as lutas históricas do movimento estudantil de Passo Fundo, por isso,  na nossa intervenção declaramos que a forma como a questão foi retomada pelas autoridades locais é claramente eleitoreira, pois nem mesmo as entidades e movimentos que participaram do Comitê Pró-Universidade Federal foram ouvidos. Além disso, observamos que os mesmos deveriam atender as demais reivindicações estudantis visto que todos os anos a 
Universidade de Passo Fundo (UPF) castiga seus estudantes com aumentos abusivos das mensalidades assim como a Coleurb aumenta a passagem e nenhuma autoridade tem a coragem para questioná-las.

A confirmação pelo MEC da abertura da UFFS Passo Fundo é uma vitória de tod@s que lutaram por tanto tempo em prol da educação pública. Não aceitaremos nem "pai" nem "mãe" dessa vitória porque conquistamos o que já deveria ser nosso. Porém, a luta que virá será permanente diante da realidade precária da própria UFFS e das federais como um todo.

UNIVERSIDADES FEDERAIS EM GREVE
POR QUÊ?

Criada em 2007 após muita reivindicação de várias cidades, inclusive do Comitê Pró-Federal de Passo Fundo, a situação dos cursos da UFFS é precária.

O DCE da UFFS (Campus Chapecó) nos descreveu a realidade atual da seguinte forma: sem estrutura física própria e adequada; biblioteca inaceitável; nenhum Restaurante Universitário ou Moradia Estudantil; grade curricular imposta; falta de professores em vários níveis; laboratórios limitados e alugados da iniciativa privada; estrutura administrativa centralizada, Conselho Universitário formado somente nesse ano e um Reitor ausente.

Nesse momento, os professores de 51 universidades federais estão em greve, por causa desses e de outros descasos com o ensino superior público por parte do governo federal. No mesmo dia da audiência, uma grande marcha reuniu em Brasília servidores e estudantes das federais, sendo que ao final, uma plenária nacional de estudantes formou o Comando Nacional de Greve Estudantil em apoio aos professores e servidores.

Assembleia de Estudantes na UFRJ declara greve estudantil.
A promessa feita a Passo Fundo foi feita recentemente em Concórdia/SC e em São Miguel do Oeste/SC e nada foi confirmado. Os políticos locais e regionais deveriam pressionar o Governo Dilma para que aplique os 10% do PIB na Educação Pública Já, como fizemos através do Plebiscito Popular Nacional ano passado e, talvez, colaborassem para a conquista da universidade federal para tod@s, ao invés de utilizarem nossa luta justa com outros objetivos.

ESTUDANTES UNIFICADOS NA GREVE NACIONAL DAS FEDERAIS

Quem disse que sumiu?
Manifesto da Plenária de Brasília

No dia 5 de junho de 2012 centenas de estudantes se reuniram na Plenária de Brasília, após uma vitoriosa Marcha em defesa da Educação. Em solidariedade aos professores em greve desde o dia 17 de maio pelo indicativo do ANDES-SN, os(as) estudantes saíram das salas de aula, realizaram históricas assembléias e decretaram, de norte a sul do Brasil, entrar em greve. O movimento grevista se alastrou como uma onda por todo o país, representando a maior e mais forte greve da educação federal nos últimos 10 anos, que irá se fortalecer ainda mais com a greve dos técnico-administrativos indicada pela FASUBRA para os próximos dias. Inspirados pelas lutas dos(as) estudantes de todo o mundo, como no Chile, Canadá e Espanha que estão em mobilização contra os modelos de educação neoliberal ou greve estudantil, os estudantes brasileiros se levantam e mostram que o movimento estudantil não sumiu.

Os(as) estudantes enfrentam no dia a dia das universidades a falta de professores, salas de aula, restaurantes universitários, moradia estudantil, além da estrutura autoritária da universidade, que não respeita a construção paritária entre os três segmentos nas instancias deliberativas da universidade e nas escolhas dos(as) representantes da universidade. Acreditamos que o modelo de educação que vem sendo implementado, especialmente a partir do REUNI em 2007, não tem uma destinação de verbas proporcional a expansão que é proposta. Queremos 10% do PIB para a educação pública já e uma expansão com qualidade.

O governo Dilma, diante deste lamentável cenário, ainda cortou nos últimos 2 anos quase 5 bilhões de reais da educação, enquanto destinava 49% do orçamento da união para o pagamento da dívida pública e garantia lucros exorbitantes para os banqueiros. Ao mesmo tempo é generosa com os empresários, banqueiros e com a corrupção. No país do Cachoeira, a educação é que vai por água abaixo. Além disso, o PNE não resolve o problema do investimento, propondo na meta 20 apenas 7% do PIB só para 2020. É preciso, portanto, que o movimento grevista esteja unificado nacionalmente com um objetivo claro: cobrar do governo Dilma que negocie com os(as) estudantes. Queremos expansão com qualidade, defendemos a valorização da educação pública e o investimento de 10% do PIB para a educação pública já. Junto com isso, devemos ampliar e fortalecer nossa greve, para pressionar o governo federal, o MEC e as reitorias a atender nossas reivindicações.

É com esse objetivo que nos reunimos na Plenária de Brasília. Os(as) estudantes de diferentes universidades e institutos federais têm eleito, em cada assembléia de base, comandos de greve para coordenar os calendários de luta e organizar as pautas de reivindicação. Nós, reunidos na Plenária de Brasília, a partir dos distintos comandos locais de greve, decidimos pela construção do Comando Nacional de Greve dos Estudantes. Essa será uma ferramenta fundamental para unificar a greve em todo país fazendo dela uma só greve, para articular forças com os comandos dos professores e servidores federais e para exigir do governo Dilma que negocie com os(as) estudantes. Este Comando Nacional deve ser composto por representantes eleitos(as) nas assembléias de base, ter um funcionamento amplamente democrático para votar suas decisões e ser instalado em Brasília. Desde já, convidamos todo o movimento grevista das federais a eleger seus(suas) representantes nas assembleias e fazer uma reunião no dia 18 de junho no Rio de Janeiro, durante a Cúpula dos Povos.

Brasília, 5 de junho de 2012

Acompanhe no FB o Comando Nacional de Greve dos Estudantes

sábado, 2 de junho de 2012

REUNIÃO E AUDIÊNCIA SOBRE A UFFS


O Coletivo Nada Será Como Antes realiza na próxima segunda (04/06) reunião aberta a tod@s estudantes da Universidade de Passo Fundo (UPF) sobre a discussão recente sobre a vinda do Curso de Medicina através da instalação de uma unidade da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) em Passo Fundo. A reunião será a partir das 20 horas e 45 minutos na sala do Diretório Acadêmico Carlos Gomes (DACG) na FAC.

AUDIÊNCIA PÚBLICA NA TERÇA

Na terça-feira, será realizada Audiência Pública sobre o mesmo tema, a partir das 19 horas na Câmara de Vereadores de Passo Fundo, participem.

A vinda de uma universidade federal para Passo Fundo foi pautada historicamente por vários setores do movimento estudantil. Contudo, as recentes notícias a respeito da vinda da UFFS para Passo Fundo, especificamente, de um Curso de Medicina, são ações claramente eleitoreiras. Os estudantes não devem esquecer que em ano eleitoral surgem oportunistas que se utilizam das suas bandeiras para a autopromoção, cujas promessas são devidamente esquecidas depois do processo eleitoral.